O ex-ministro e presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, foi o convidado da edição desta terça-feira do Primeiro Café e comentou a tentativa de agressão física contra ele e Ciro Gomes no ato na Avenida Paulista no último domingo.
Presidente do partido fundado por Leonel Brizola, Carlos Lupi trabalha na articulação para viabilizar a candidatura de Ciro Gomes à presidência. Só que as críticas do pré-candidato pedetista ao ex-presidente Lula e ao PT resultaram em uma reação desproporcional no final do ato pelo impeachment do último domingo em São Paulo.
Ciro e Lupi deixaram o local às pressas enquanto militantes de esquerda proferiam xingamentos e lançavam objetos contra eles. Antes, durante a fala, Ciro foi vaiado por parte dos manifestantes.
_Já presenciei alguns momentos muito radicalizados entre o PDT e o PT, mas como esse eu nunca tinha visto, disse Lupi. Ele minimizou as vaias recebidas pelo pré-candidato de seu partido, mas disse estar “chocado” com a tentativa de agressão física, algo que “não pode acontecer” num ambiente democrático.
Ele disse que estava preocupado com a possibilidade de militantes de direita, como os do MBL, sofrerem algum tipo de agressão se participassem dos protestos e ficou surpreso ao ser alvo dos militantes de esquerda, lembrando que foi Ministro do Trabalho dos governos Lula e Dilma.
_O desrespeito foi maior que a agressão física. Fiquei chocado. Isso abalou profundamente as minhas convicções de qualquer possibilidade de um diálogo com civilidade no primeiro turno, disse Carlos Lupi.
Durante a entrevista, Lupi revelou que convidou o apresentador Datena para se filiar ao PDT e avaliar candidatura à vice-presidência, ao governo de São Paulo ou ao Senado. O presidente nacional do PDT também adiantou atividades que serão realizadas em janeiro de 2022 para marcar o centenário de nascimento de Brizola e contou a história de como conheceu o ex-governador do Rio e do Rio Grande do Sul.
Ouça a entrevista na íntegra na edição #191 do Primeiro Café: