Escândalo na América Latina depois que o jornal argentino Página 12 revelou que Bolsonaro deixou escapar que se encontrou com a ex-presidenta golpista da Bolívia, Jeanine Ánez, que está presa.
O problema é que não há registro de nenhum encontro entre os dois enquanto ela estava na presidência após o golpe que evitou a posse de Evo Morales. Mas a imprensa descobriu que há registros, sim, de viagens do avião presidencial boliviano para Brasília. E uma dessas viagens coincidiria com uma suposta entrega de armas, algo que consta em documento do ministério da Defesa da Bolívia.
Bolsonaro confessou envolvimento no golpe na Bolívia, segundo reportagem do jornal argentino Página 12. O presidente reconheceu ter se encontrado com a ex-presidente boliviana Jeanine Añez (aquela presa dentro de uma cama box), confirmando as suspeitas sobre o apoio brasileiro ao golpe que evitou a posse do presidente Evo Morales.
Segundo a reportagem, o possível encontro pode ser a ponta de uma história de conspirações, fugas clandestinas, fuga de ministros e até possível entrega de armas. Em um ato aparentemente involuntário, Bolsonaro disse: “Eu estive com ela uma vez, ela é uma pessoa legal que está na prisão”. Como até o momento não há notícia de nenhuma reunião oficial entre os dois, essa conversa ocorreu secretamente.
O que Bolsonaro não disse é quando e onde ocorreu o encontro com a golpista presa dentro de uma cama box. No período em que ela foi presidenta, entre novembro de 2019 e dezembro de 2020, o avião presidencial boliviano, que só pode decolar com autorização do chefe de Estado ou com ele a bordo, voou com frequência e clandestinidade para o Brasil.
Um ex-alto funcionário de Evo Morales e diplomata disse ao jornal que os encontros são mais uma prova de que o governo de Evo Morales foi atacado por uma organização internacional.
Quer receber a nossa curadoria de notícias?
Assine a newsletter diária! Deixe aqui seu e-mail:
Processando…
Sucesso!
Erro, tente de novo