O ministro da Educação do governo Bolsonaro foi denunciado por homofobia pela Procuradoria-Geral da República.
Milton Ribeiro vai responder no Supremo Tribunal Federal por ter associado a homossexualidade com “famílias desajustadas”. Ele deu a declaração em entrevista ao Estadão em setembro de 2020. Com a denúncia em mãos, cabe ao STF decidir se recebe ou não o pedido. Caso receba, o ministro se tornará réu por homofobia.
Em novembro de 2020, a PGR ofereceu um acordo ao ministro para livrá-lo do inquérito no STF. Para isso, Ribeiro precisaria admitir que cometeu crime de homofobia na entrevista. Ele negou a proposta, pediu arquivamento do caso e as mais “sinceras desculpas a quem tenha se sentido ofendido”.
O ministro Milton Ribeiro é pastor presbiteriano e assumiu com a promessa de uma postura moderada, mas coleciona uma série de declarações que repercutiram negativamente, como a de que a universidade no Brasil deveria ser para poucos e a de que a inclusão de crianças com deficiência em sala de aula torna a convivência “impossível”.