Nunca antes na história deste país assistimos com alguma expectativa a posse de ministros na presidência do Tribunal Superior Eleitoral. Mas tudo mudou.
Ontem Edson Fachin assumiu a presidência e Alexandre de Moraes a vice. Em agosto, o Xandão assumirá a presidência e vai comandar o órgão máximo da Justiça eleitoral nas eleições de outubro.
O TSE tem a obrigação de garantir uma eleição limpa e justa, defender a democracia e tem pela frente o seu principal desafio: enfrentar a máquina de mentiras do bolsonarismo. Mas, a julgar pelos discursos de ontem e pelos últimos acontecimentos, assim como em 2018, a milícia digital vai poder fazer o que quiser na campanha deste ano com garantia de impunidade.
A última tentativa dos gênios foi abrir espaço para militares no TSE, uma armadilha bolsonarista que os ministros caíram como patinhos.
E não é só isso: os milicos mandaram uma listinha de perguntas sobre o sistema, com a óbvia intenção de achar uma brecha para acusar fraude, e o TSE respondeu prontamente, municiando as milícias digitais com farto material.
Todos os sinais, os movimentos de um lado e de outro, indicam que a campanha deste ano deve ser ainda pior do que a de 2018, que culminou, com a conivência do TSE, com a eleição dessa desgraça chamada Bolsonaro como presidente.