A guerra na Ucrânia continua e os reflexos na economia mundial devem ficar mais fortes nos próximos dias.
É que o boicote norte-americano ao petróleo e ao gás russos anunciado ontem já está causando tensão nos mercados, elevação do preço do barril e situações inusitadas, como a reaproximação dos Estados Unidos com a Venezuela.
A Rússia é um dos maiores produtores de petróleo e gás do mundo. E a Europa depende do gás russo inclusive para o aquecimento das casas no inverno.
O Reino Unido e a União Europeia não seguiram os Estados Unidos no boicote imediato, mas já anunciaram medidas para reduzir a dependência dos russos. Putin reagiu também com medidas econômicas e com a ameaça de interromper o fornecimento de gás para a Europa e focar na China.
No front, a guerra já gerou mais de 2 milhões de refugiados e, segundo a ONU, matou mais de 400 civis. Tudo isso em 14 dias. E os números podem ser bem maiores porque muitas mortes ainda não foram nem reportadas. Hoje há uma nova tentativa de evacuar civis pelos corredores humanitários acordados entre as partes durante o cessar-fogo. Quem não tem nada ou pouco a ver com isso tem a chance de tentar salvar a própria vida se Rússia e Ucrânia respeitarem a trégua combinada.