Perpétua Almeida apresenta proposta para barrar militares em cargos no governo

Deputada federal do Acre foi entrevistada na edição desta quinta-feira do Primeiro Café e falou sobre a proposta.

A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para estabelecer regras para que militares da ativa ocupem cargos no governo federal.

O governo Bolsonaro tem mais de 6 mil militares em cargos diversos. Só no Ministério da Saúde são, pelo menos, 20. Pelas regras propostas pela deputada, o general Eduardo Pazuello, por exemplo, não poderia ter assumido o Ministério da Saúde.

A parlamentar conseguir a assinatura de outros 189 deputados, 18 a mais da quantidade mínima necessária. Ela comemora que conseguiu assinaturas de colegas de todos os partidos.

_É imperativo constitucional que as Forças Armadas se mantenham apolíticas, como instituições de Estado que são, comenta a deputada federal.

Além do apoio suprapartidário, a PEC conquistou apoio de cinco ex-ministros da Defesa. Os ex-ministros Nelson Jobim (governos Lula e Dilma), Celso Amorim, Jaques Wagner e Aldo Rebelo (os três no governo Dilma) e Raul Jungmann (governo Temer).

Ouça na edição #134 do Primeiro Café:

O que rolou na CPI da Covid esta semana?

Senadores ouviram PM vendedor de vacina e deputado do Amazonas. Wizard ficou calado e líder do governo foi convocado.

A CPI da Covid no Senado colheu três depoimentos pouco produtivos esta semana: Fausto Júnior, deputado que presidiu a CPI local no Amazonas, Carlos Wizard, que ficou calado, e Luiz Paulo Dominguetti, o PM vendedor de vacina que denunciou cobrança de propina.

Por outro lado, a comissão avançou na aprovação de novas convocações e dá indícios de que deve mesmo ser prorrogada por mais três meses. Entre os convocados para a próxima semana, o líder do governo, deputado Ricardo Barros. O nome do parlamentar surgiu no depoimento dos irmãos Miranda na semana passada. Segundo Luis Miranda, o presidente teria dito que se tratava de mais um rolo do Ricardo Barros quando ouviu sobre as suspeitas de irregularidades na compra da Covaxin.

Terça: Fausto Júnior

O destaque foi o embate com o presidente da CPI, senador Omar Aziz, que é do Amazonas. O deputado foi cobrado sobre porque não ter pedido o indiciamento do governador Wilson Lima no relatório final da investigação realizada no Estado.

Quarta: Carlos Wizard

O empresário bolsonarista chegou, recitou partes da Bíblia, negou a existência de um gabinete paralelo da Saúde e disse que permaneceria calado. E assim foi. A cada pergunta dos senadores, Wizard respondia que iria permanecer em silêncio.

Quinta: Luiz Paulo Dominguetti

O policial militar mineiro que denunciou pedido de propina de US$ 1 por dose de vacina numa negociação com o Ministério da Saúde causou altas confusões na CPI. Isso depois que ele resolveu partir para o ataque contra o deputado Luis Miranda, quem “esteve outro dia aqui depondo contra o presidente”. Ele reproduziu um áudio de Miranda e disse que se tratava de uma negociação de vacinas. O deputado correu na CPI e avisou Aziz e Renan Calheiros, no pé do ouvido, que o áudio era manipulado. Confrontado, o PM admitiu que imaginou que se tratava de negociação de vacinas porque recebeu “no zap” o áudio seguido de um print de uma reportagem sobre a denúncia de supostas irregularidades no contrato da Covaxin pelo deputado Luis Miranda.

Dominguetti chegou a ser acusado por senadores de ser uma testemunha plantada pelo governo. Causou estranheza o fato de a tropa de choque do governo estar defendendo um depoente que acusava o governo de corrupção. Ele teve o celular apreendido para verificação do que falou na CPI.

Na próxima semana…

Terça: Regina Célia Silva Oliveira, fiscal do contrato firmando entre o Ministério da Saúde e a Precisa, intermediária da Bharat Biotech no Brasil

Quarta: Roberto Dias, ex-diretor de logística do Ministério da Saúde

Quinta: Carolina Palhares, diretora de Integridade do Ministério da Saúde

Sexta: depoimento secreto de Witzel

Ouça na edição #125 do Primeiro Café:

Vereador de Olinda, Vinicius Castello fala sobre atuação na primeira Câmara do Brasil

Vinicius Castello foi entrevistado no Primeiro Café na última quinta-feira e falou sobre a atuação na primeira Câmara do Brasil.

Foi nas redes sociais que o advogado Vinicius Castello, 26 anos, fez a campanha eleitoral que o levaria a ser eleito o primeiro vereador LGBTQ+ de Olinda, em Pernambuco.

“Lugar de preto, periférico, LGBTQ+ e jovem é na Câmara”: foi assim que ele comemorou a eleição nas redes sociais.

Com seis meses de mandato, Vinicius Castello comemora a aprovação unânime pelos colegas – incluindo bolsonaristas – do projeto do estatuto étnico-racial de Olinda, “que contempla os povos ciganos e indígenas”, como ele faz questão de frisar.

_O que eu procurei fazer e acredito que deu certo foi construir a aprovação dialogando com os parlamentares de maneira muito didática. Acabei tornando o estatuto um projeto muito além do que eu sou ou da minha atuação como parlamentar. Eu fiz com que eles também fizessem parte de um momento histórico, diz o vereador.

Ouça a entrevista na íntegra na edição #124 do Primeiro Café:

Senador Humberto Costa avalia que CPI já comprovou “política criminosa” de Bolsonaro

Senador avalia que a CPI não terminará em 8 de agosto apesar de já ter cumprido o papel de revelar de quem é responsabilidade pela tragédia.

O senador Humberto Costa (PT) participou ao vivo do Primeiro Café nesta sexta-feira e avaliou os quase dois meses de trabalho da CPI da Covid no Senado. Para ele, a CPI já cumpriu o papel de mostrar os erros do governo Bolsonaro no combate ao novo coronavírus.

_Eu acredito que o governo está meio perdido e deve estar rezando para que a CPI termine logo, avaliou o senador sobre a estratégia do governo Bolsonaro de tumultuar a comissão.

Humberto Costa avaliou também que a CPI “fez o governo trabalhar”, citando a busca por vacinas e mudanças de postura ocorridas após o início dos trabalhos.

Ouça na edição 115 do Primeiro Café:

É o fim da Era Netanyahu em Israel?

Aliança inédita entre partidos de direita, centro e esquerda pode encerrar período de 12 anos de Benjamin Netanyahu como primeiro-ministro de Israel.

Na edição desta quarta-feira, conversamos com o João Miragaya, editor do site Conexão Israel e participante do podcast Do Lado Esquerdo do Muro. Ele explicou o contexto político do país.

Os oponentes do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu têm apenas algumas horas para anunciar um acordo sobre um novo governo. As negociações continuaram até tarde da noite ontem.

_A verdade é que está muito indefinido. Existe grandes chances de terminarmos o dia sem acordo entre os 8 partidos que formariam esse governo que está sendo chamado de governo de mudança, comentou João.

As negociações reuniram em 3 dias as equipes dos principais líderes da esquerda, do centro e de parte da direita, incluindo o Yamina, do líder da extrema-direita Naftali Bennett, que deve ser o primeiro premiê como parte de um rotação no poder com Yair Lapid.

Se um novo governo for formado, isso evitaria a realização da quinta eleição em pouco mais de dois anos. 

Supostamente, eles fizeram um progresso significativo durante a noite, com quase todos os acordos de coalizão finalizados, incluindo com o partido Azul e Branco, do Benny Gantz, que na quarta-feira deu sua aprovação oficial para Lapid formar um governo.

Ouça na edição 104 do Primeiro Café:

Chegada da cepa indiana e a ameaça da 3ª onda da pandemia no Brasil

Confirmação de casos em estrangeiros no Maranhão e suspeitas em outros estados alertam, mais uma vez, o governo para tomar medidas.

O ministério da Saúde anunciou barreiras sanitárias em viajantes procedentes do Maranhão após a confirmação de seis casos da variante indiana na tripulação de um navio internacional, mas ainda não restringiu as viagens vindas da Índia, país fortemente afetado pela variante identificada lá.

_Temos que pensar que o nosso sistema de saúde aguentou duas porradas imensas, que foram a primeira e a segunda ondas, e segurou. E ele ainda está sofrendo os reflexos disso. Falta de medicamentos, falta de insumos. E agora, pelo indícios, começamos a terceira onda a partir de um patamar altíssimo, avaliou Paula Bianchi, no Cartas do Rio desta terça-feira.

Ouça na edição 98 do Primeiro Café:

Bolsonaro e Pazuello irritam senadores da CPI com passeio de moto no Rio

Presidente e general apareceram sem máscara em aglomeração no Rio.

A presença do ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, no passeio de moto de apoiadores puxado pelo presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro no fim de semana irritou os senadores que fazem parte da CPI da Covid.

Molecagem”, disse o senador Renan Calheiros, relator da CPI, à Folha.

O senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI, disse à CNN Brasil que Pazuello se tornou forte candidato a ser o primeiro indiciado pela comissão. O ex-ministro deve ser convocado para depor de novo aos senadores.

O presidente da CPI, senador Omar Aziz, disse ao UOL que, se Pazuello mentir de novo, sairá algemado do Senado.

Ouça na edição 97 do Primeiro Café:

O que rolou na CPI da Covid essa semana?

Ernesto Araújo e Eduardo Pazuello prestaram depoimentos e foram acusados de mentir pelos senadores.

Na terça-feira, o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que jamais provocou desavenças com o governo chinês.

Na verdade ele chamou o coronavírus de “comunavírus” e discutiu com o embaixador da China no Brasil.

Na edição 94 do Primeiro Café destacamos o sabão que a senadora Kátia Abreu deu no ex-Ernesto:

Na quarta-feira começou o depoimento do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. O general da ativa compareceu sem uniforme, mas com terno e gravata. O primeiro dia terminou quando a sessão do Senado começou e Pazuello teve um mal-estar.

O piripaque do Pazuello foi o assunto da edição 95 do Primeiro Café:

Na quinta-feira, Pazuello voltou à CPI e saiu de lá com o título de “campeão das mentiras”.

O general tentou proteger o presidente e só deixou escapar que o presidente estava na reunião que decidiu que o Governo Federal não iria intervir na saúde pública do Amazonas durante o colapso da falta de oxigênio.

Ele também culpou o governo do Amazonas pela crise. Sobre o aplicativo TratCov, lançado pelo ministério e que indicava o inexistente tratamento precoce, Pazuello disse que o aplicativo foi roubado por um hacker.

Na edição 96 do Primeiro Café comentamos a semana na CPI da Covid e destacamos o momento insólito quando Pazuello confundiu o sobrenome Coronel, do senador Angelo Coronel, com uma patente militar:

A Rachel Cor quer saber:

Direita perde na eleição da Assembleia Constituinte do Chile

Socióloga Ana Prestes comentou no #PrimeiroCafe o resultado da eleição dos representantes populares que vão redigir a nova Constituição do país

Independentes e opositores saíram vitoriosos na eleição da Assembleia Constituinte do Chile realizada no final de semana. A votação é resultado dos protestos populares de 2019 que, entre outras demandas, pediam a substituição da atual Constituição do país que data da ditadura de Augusto Pinochet.

_A grande comemoração é por quem perdeu. Aquela ultradireita conservadora e pinochetista e também uma direita neoliberal mais arraigada perderam na eleição da Assembleia Constituinte, comentou Ana Prestes.

Ouça na íntegra na edição 92 do Primeiro Café:

O que rolou na CPI essa semana?

Sem dúvida, a segunda semana da CPI da Covid no Senado foi bem mais empolgante do que a primeira.

Na terça, o presidente da Anvisa, amigo pessoal de Bolsonaro, procurou se afastar das manifestações do presidente sobre a pandemia. Antônio Barra Torres reforçou divergências com Bolsonaro.

Ele justificou porque participou de uma manifestação sem máscara ao lado do presidente dizendo que, na época, o uso da máscara não era consenso.

Na quarta, Fábio Wajgarten, ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro, quase saiu preso do depoimento. Ele mentiu tanto que irritou os senadores.

A sessão terminou com o filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, causando tumulto ao chamar Renan Calheiros de “vagabundo”.

Na quinta, o representante da Pfizer revelou que outro filho do presidente, o vereador carioca Carluxo, participou de reuniões de negociação das vacinas.

Carlos Murillo também revelou que as tratativas com o governo brasileiro começaram em maio do ano passado e que se o Brasil tivesse assinado contrato na época as primeiras doses seriam entregues em dezembro.

E já são 14 vezes que o governo Bolsonaro recusou uma oferta de vacina.